Especialista explica qual será a estratégia dos candidatos à presidência no 2º turno.

Pesquisas de intenção de voto em toda a campanha até agora sugerem que o anti-Bolsonarismo é predominante

A polarização entre o atual chefe do poder executivo nacional, Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se confirmou nestas eleições, levando os cidadãos a voltarem às urnas para o 2º turno, que deve acontecer dia 30 de outubro.

 As mudanças na estratégia de campanha e a adesão de novos aliados, pode fazer a diferença no resultado final, é o que aponta o jornalista, publicitário e especialista em comunicação estratégica, Janiel Kempers.

“Teremos neste segundo turno uma guerra de rejeições. Entretanto, essa rejeição terá como figura principal o candidato especificamente, porém, a corrente ideológica definida. A estratégia dos candidatos será atacar de forma veemente as ideologias do adversário. A estratégia de propaganda eleitoral tende a recrudescer”, pontua Janiel.

 Membros do governo e do comitê de Jair Bolsonaro, entendem que para mudar o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é preciso aumentar o anti-PTismo e apostar na desconstrução do adversário. Pesquisas de intenção de voto em toda a campanha até agora sugerem que o anti-Bolsonarismo é predominante. O resultado do primeiro turno foi Lula com 48,4% dos votos e Bolsonaro com 43,2%.

 Diferente do que aconteceu no primeiro turno, onde o ex-presidente Lula (PT) falou mais do seu governo do que atacou adversários, o especialista ressalta que agora, a estratégia petista deverá ser diferente, colocando em pauta com mais intensidade assuntos como a COVID 19 por exemplo.

“O núcleo petista vê algumas das ações e polêmicas provocadas por Bolsonaro e seus aliados como uma manobra para chamar a atenção para o presidente. O estrategista do ex-presidente se concentra em continuar comparando o governo de Bolsonaro com o de Lula, porém apontando para a forma como o atual presidente lida com questões delicadas como a COVID 19 que impactaram milhões de brasileiros”, finaliza.

Apoio no 2º turno

Enquanto Bolsonaro conseguiu o apoio dos governadores dos dois maiores colégios eleitorais do país, Lula deve ter o apoio dos terceiro e quarto colocados e que receberam juntos 8,5 milhões de votos.

Fonte: Boom Press