Neste domingo, dia 25 de junho, encerrou-se o julgamento dos quatro primeiros réus da Chacina do Curió, em um júri que apareceu na presença de quatro policiais. Wellington Veras Chagas, Ideraldo Amâncio, Marcus Vinícius e Antônio José de Abreu Vidal Filho foram considerados culpados por 11 assassinatos, além de tentativa de homicídio e tortura.
Esses quatro presos são os primeiros dos 34 réus a serem julgados e condenados por sua participação em 11 homicídios. Embora haja possibilidade de recurso, eles devem cumprir suas penas em regime fechado, sujeitos a um mandado de prisão preventiva.
Mais duas audiências, envolvendo outros 16 réus do processo, estão marcadas para agosto e setembro deste ano.
Os assassinatos cometidos pelos policiais foram considerados como causa raiz e foram acompanhados de recursos que dificultaram a defesa das vítimas. Além dos homicídios, eles também foram condenados por tentativa de homicídio e tortura.
Em relação às penas de prisão, Wellington, Ideraldo, Marcus e Antônio José cumpriram cada uma uma sentença de 19 anos e três meses por cada um dos 11 homicídios, totalizando aproximadamente 212 anos de prisão para cada um. No total, Wellington foi condenado a 275 anos e 11 meses, enquanto Ideraldo, Marcus Vinícius e Antônio José receberam a mesma pena, totalizando 1.103 anos e 8 meses de prisão.
Antônio José, que atualmente reside nos Estados Unidos, receberá um alerta vermelho emitido pela Interpol para sua prisão.
O julgamento do Júri da Chacina do Curió teve início na terça-feira passada, dia 20, e é o primeiro caso relacionado aos 11 homicídios cometidos por agentes encapuzados na madrugada de 12 de novembro de 2015, na região de Messejana.
Durante o julgamento, os jurados responderam a 360 perguntas relacionadas aos réus, votando de forma secreta. As primeiras testemunhas foram ouvidas no primeiro dia do julgamento, com um total de 19 pessoas testemunhando, incluindo sobreviventes, acusação e defesa.
No decorrer dos quatro dias de julgamento, os policiais acusados negaram qualquer envolvimento na chacina e questionaram as provas obtidas pelo Ministério Público cearense.
Outras duas provas relacionadas à Chacina do Curió estão agendadas, sendo que oito réus compareceram ao tribunal em 29 de agosto, seguidos por mais oito em 12 de setembro. Os demais réus aguardam a espera de suas impugnações pelos tribunais superiores.
Além dos 11 assassinatos, sete pessoas ficaram feridas na chacina, que teriam sido motivadas como retaliação após o assassinato de um policial. Nenhuma das vítimas teria ligação com o primeiro homicídio.
Com informações do O Povo.
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