Estudo do Will Bank Revela Disparidades no Uso de Empréstimos Bancários por Classes Sociais, Gênero e Etnia

Um recente estudo conduzido pelo banco digital Will Bank revelou insights impactantes sobre como diferentes grupos sociais interagem com empréstimos bancários no Brasil. O levantamento analisou não apenas as diferenças entre classes sociais, mas também atualmente fatores como gênero e etnia, lançando luz sobre as disparidades existentes nesse aspecto.

De acordo com os resultados do estudo, uma disparidade notável foi identificada entre os diversos grupos analisados. Apenas 9,1% das mulheres pretas e pardas da classe DE (a mais baixa na escala socioeconômica) declararam ter solicitado empréstimos bancários. Em contrapartida, o percentual aumentou para 24,1% entre homens brancos da classe AB1 (a mais alta na escala socioeconômica).

O estudo também apontou para um problema latente de crédito no Brasil, amplamente ligado à falta de educação financeira e informações específicas sobre empréstimos. O jornalista Pedro Paulo Morales, destaca que um dos maiores problemas reside na falta de planejamento ao adquirir bens e serviços de crédito. Muitas vezes, as pessoas não levam em consideração que, embora as prestações permaneçam constantes durante a amortização, outras despesas como alimentação e serviços aumentam ao longo do tempo. Isso pode resultar em um peso financeiro crescente conforme o tempo passa.

Ao analisar as situações financeiras em relação aos gastos rotineiros, o estudo trouxe à tona a diferença nas percepções entre os grupos sociais. Enquanto 24,2% das mulheres pretas e pardas da classe DE usaram a palavra "desespero" para descrever sua situação financeira em relação às despesas como supermercado, água, luz e moradia, 32,9% dos homens brancos da classe AB1 a descreveram como "tranquila".

Uma observação significativa levantada pelo estudo é que muitas pessoas de baixa renda enfrentam dificuldades financeiras ao tentar preencher as lacunas deixadas pelos gastos rotineiros. A necessidade de recorrer a empréstimos para cobrir essas despesas corriqueiras muitas vezes leva a uma situação financeira mais complicada.

O estudo do Will Bank destaca a urgência de abordar essas disparidades financeiras e educar a população sobre o uso responsável de empréstimos. Promover a educação financeira e fornecer informações transparentes sobre as implicações de empréstimos pode ajudar a aliviar a pressão financeira sobre grupos vulneráveis ​​e contribuir para uma sociedade de forma mais equitativa em termos de acesso ao crédito e bem-estar financeiro.

Por redação, com informações da Agência Brasil.