Psicólogo suspeito de incentivar abuso infantil é preso em operação policial

Polícia Federal cumpre mandados de prisão no Ceará e no Rio de Janeiro contra mães envolvidas no esquema

Fortaleza, Ceará - Nesta segunda-feira (31), a Polícia Federal realizou uma operação para prender suspeitos de envolvimento em um esquema de abuso infantil. Entre os envolvidos estão seis mulheres residentes em Fortaleza, Maranguape, Juazeiro do Norte e Belford Roxo (RJ), além de um psicólogo de Fortaleza. Segundo as investigações, as mulheres eram convencidas pelo psicólogo a cometerem crimes de abuso contra seus próprios filhos e outras crianças, sendo incentivadas a filmar tais atos.

De acordo com a Polícia Federal, o psicólogo conhecia as mulheres em ambientes virtuais, como grupos de aplicativos de mensagens ou apps de relacionamento. Ele iniciava o contato aparentando interesse em um relacionamento, e ao longo do tempo, persuadia as mulheres a realizar e registrar práticas de abuso envolvendo as crianças, muitas das quais eram seus próprios filhos.

A ação policial resultou no cumprimento de seis mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão. Além disso, foi aplicada uma medida cautelar de afastamento do lar. Dos mandados de prisão, cinco foram contra as mulheres suspeitas de abusar dos próprios filhos ou de crianças próximas. O sexto mandado de prisão foi contra o psicólogo, que já estava preso desde dezembro.

As investigadas serão indiciadas por estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, e pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas que podem chegar a até 45 anos de prisão.

A operação policial, denominada "Anêmona", tem o objetivo de interromper os abusos praticados pelas investigadas e resgatar as vítimas. O nome da ação faz referência à anêmona-do-mar, um animal que não cuida de seus filhotes. Os Conselhos Tutelares de Fortaleza, Maranguape e Juazeiro do Norte forneceram apoio à ação.

As investigações continuam em andamento para apurar detalhes do caso e responsabilizar todos os envolvidos nesse crime repugnante.

Com informações do G1