O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil público para investigar a relação histórica entre o Banco do Brasil e o tráfico de pessoas negras escravizadas no século XIX. Esta investigação tem como objetivo compreender a contribuição do banco para o comércio de escravos e sua possível responsabilidade histórica.
Os historiadores que responderam ao pedido ao MPF apontam que o Banco do Brasil, criado em 1808, durante o Império português, desempenhou um papel significativo na escravidão no Brasil. Eles destacam que o banco se beneficia de recursos relacionados à escravidão, como a arrecadação de impostos sobre embarcações envolvidas no tráfico de escravos.
Além disso, os fundadores e acionistas do Banco do Brasil estavam ligados ao tráfico de escravos, o que levanta questões sobre sua influência na perpetuação desse sistema. A pesquisa investigou o envolvimento do banco com traficantes de escravos e como ele financiou essa atividade.
O Banco do Brasil foi notificado sobre a investigação e deve fornecer informações sobre sua posição em relação à escravidão, pesquisas financiadas para avaliar sua própria história, financiamentos relacionados à escravidão e iniciativas específicas de peças.
O MPF ressalta a importância de revisitar o passado e considerar formas de peças simbólicas e monetárias para garantir que a história da escravidão não seja esquecida e que a justiça seja feita.
O Banco do Brasil emitiu uma declaração destacando a importância de reflexão sobre a história do país e as relações com a escravidão. A instituição afirma que os peças históricas são uma responsabilidade compartilhada por toda a sociedade e destaca seu compromisso em promover a igualdade racial e apoiar iniciativas nesse sentido. O banco assinou recentemente um protocolo de intenção com o Ministério da Igualdade Racial e se envolve em movimentos de direitos humanos para promover a diversidade e a inclusão.
Este inquérito representa um esforço para entender e confrontar o legado da escravidão no Brasil e buscar formas de reposição e justiça para as comunidades negras afetadas por esse sistema ao longo da história do país.
Com informações da Agência Brasil
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