Novo relatório da Edelman mostra que o senso de queixa e a polarização social estão minando a confiança em governos, empresas e mídia — e destaca o papel crucial das corporações na reparação do tecido social
A confiança nas instituições está em queda, e o peso recai sobre as empresas para liderar mudanças sociais urgentes. É o que revela o Edelman Trust Barometer 2024, estudo global que chega à sua 25ª edição destacando um cenário de queixas generalizadas, desinformação e crescente desilusão com o futuro.
🚨 Crise de queixas pressiona governos, empresas e o setor privado
📉 Essa sensação de injustiça está diretamente relacionada à queda da confiança em todas as instituições — incluindo governo, ONGs, mídia e setor empresarial.
“As empresas são vistas como mais competentes do que os governos, mas isso não basta. As expectativas em torno do setor privado nunca foram tão altas”, destaca o relatório.
🧨 Cresce a aceitação do ativismo hostil entre jovens
O estudo também revelou um dado alarmante: 40% das pessoas aprovam práticas de ativismo hostil — como ataques online, desinformação deliberada e até vandalismo — como forma legítima de pressionar por mudanças.
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Entre os jovens de 18 a 34 anos, esse número salta para 53%.
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A aprovação dessas ações está altamente ligada ao grau de frustração e descrença nas instituições.
😟 Medo da discriminação e falta de otimismo para o futuro
Outros dados preocupantes incluem:
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64% temem sofrer discriminação ou preconceito — um aumento de 10 pontos em relação ao ano anterior.
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Apenas 36% acreditam que a próxima geração terá uma vida melhor. Em países desenvolvidos, esse número cai para apenas 20%.
🏢 Empresas sob pressão: ética e competência em xeque
Entre aqueles com alto grau de queixa, as empresas são percebidas como 81 pontos menos éticas e 37 pontos menos competentes, em comparação com aqueles com baixo nível de frustração.
Esses dados reforçam a urgência de um posicionamento mais ativo e socialmente responsável por parte dos CEOs e lideranças corporativas.
📌 O que o relatório recomenda:
A Edelman propõe que todas as instituições trabalhem de forma colaborativa para:
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Promover benefícios sociais justos para todos;
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Reforçar a distribuição equitativa de oportunidades;
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Defender informações confiáveis;
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Reconstruir o otimismo econômico global.
“CEOs devem agir onde podem fazer a diferença concreta — e isso vai além de lucro: trata-se de responsabilidade social, transparência e compromisso com o futuro”, conclui o estudo.
📣 Conclusão
O Trust Barometer 2024 escancara um mundo em crise de confiança. Mas também aponta um caminho: as empresas têm o poder – e a obrigação – de liderar a mudança.
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