Com informações da Agência Brasil
Em um pronunciamento à nação realizado neste sábado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se referiu à rebelião armada protagonizada por membros do Grupo Wagner como uma "facada nas costas" e afirmou que aqueles que traírem como Forças Armadas serão devidamente punidos. Putin fez um apelo à unidade no país, comparando a situação atual a um cenário semelhante ao de 1917 durante a Primeira Guerra Mundial, quando intrigas e politicagens levaram ao colapso do Estado e à guerra civil.
O líder russo anunciou a promulgação de um protocolo especial de segurança antiterrorista em Moscou, na região de Moscou e em outros locais. No entanto, ele reconheceu que a situação em Rostov-on-Don, no sul da Rússia, é "difícil".
Segundo relatos da Agência Reuters, os combatentes do Grupo Wagner estavam se dirigindo à capital russa e já ocupavam a cidade de Rostov. Eles estariam a uma distância de 1.100 km de Moscou. Jornalistas da agência de notícias testemunharam o transporte de tropas e um caminhão-plataforma carregando um tanque pela cidade de Voronezh, em direção a Moscou. Houve relatos de tiros de helicópteros contra a coluna.
Evgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner e aliado de longa data de Putin, lidera um exército privado composto por milhares de combatentes recrutados nas prisões russas. Os homens já enfrentaram batalhas intensas durante uma guerra de 16 meses na Ucrânia. Prigozhin acusou os militares russos de atacarem alvos civis enquanto tentavam retardar o avanço da coluna.
A situação na Rússia está sendo seguida de perto dos países ocidentais. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi assessorado sobre a situação, conforme comunicado da Casa Branca. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também se pronunciou após os combatentes do Grupo Wagner assumirem o controle de algumas instalações militares no sul da Rússia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy manifestou-se por meio de uma rede social, afirmando que a fraqueza da Rússia é acidental. "Fraqueza em grande escala", escreveu Zelenskiy em uma mensagem nas redes sociais. A situação continua em desenvolvimento e mais atualizações serão divulgadas em breve.
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