É com pesar que trago à reflexão a triste ocorrência que abalou o mundo corporativo na Espanha. A morte repentina de Imaculada, uma atendente de call center que dedicou quinze anos de sua vida à empresa, revela o quanto o ambiente corporativo pode se tornar violento. Afinal, como podemos aceitar que, mesmo após sofrer um infarto em sua própria mesa de trabalho, Imaculada tenha sido negligenciada pelos supervisores, que se recusaram a interromper as atividades?
Essa atitude cruel e insensível causou revolta entre os colegas de Imaculada, que testemunharam a situação angustiante de operadora falecida em seu posto de trabalho por longas duas horas, até que o fluxo de ligações finalmente se acalmasse e seu corpo pudesse ser retirado.
É um absurdo constatar que, no mundo corporativo atual, alguns líderes se preocupam apenas com metas e bônus, enquanto os seus liderados são relegados à insignificância. A insensibilidade demonstrada por esses gestores é indignada e nos faz questionar a que ponto chegamos em nossa busca incessante por produtividade e resultados financeiros.
A morte de Imaculada é uma triste lembrança de que é urgente repensarmos nossos valores e prioridades no ambiente de trabalho. Os líderes devem assumir a responsabilidade de zelar pela saúde e bem-estar de seus funcionários, colocando-os em primeiro lugar, em vez de sacrificar suas vidas em prol do lucro.
A triste partida de Imaculada é um alerta para que a violência corporativa seja combatida de forma energética. É hora de repensar nossos modelos de gestão e criar ambientes de trabalho mais humanos, onde a empatia e o respeito prevalecem sobre os números frios e calculistas.
Que a caso de Imaculada sirva como um alerta doloroso, mas necessário, de que é fundamental resgatar a essência da humanidade nas relações corporativas. Afinal, não podemos permitir que a busca desenfreada pelo sucesso nos afaste da compaixão e do cuidado com aqueles que são a força motriz de qualquer empresa: os colaboradores.
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