Fortaleza, terça-feira, 21 de novembro de 2023 - A capital cearense, Fortaleza, projeta a implementação de fiação totalmente subterrânea até 2034, seguindo o exemplo de Jericoacoara, onde a medida já foi adotada. Lucas Rozzoline, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado (CAU-CE), destaca que a fiação aérea não apenas afeta o visual da cidade, mas também apresenta desafios ambientais e de segurança.
Desde 2019, a cidade já possui um plano nesse sentido, conforme o Art. 515 do Código da Cidade, abrangendo redes de energia elétrica, telefonia, internet, fibra óptica e televisão a cabo. As mudanças já são observáveis em locais como a Praça do Ferreira, Avenida Monsenhor Tabosa e Avenida Aguanambi. As concessionárias têm um prazo de dez anos para internalizar os fios no centro e 15 anos para as demais regiões.
Lucas Rozzoline destaca que essa medida poderia dificultar a subtração ilegal de fios, um problema recorrente no Ceará, que registrou 257 casos de furto de cabos, fios elétricos ou ópticos entre janeiro e setembro deste ano. No entanto, a Enel Distribuição Ceará destaca que a implantação de redes subterrâneas é regulada por normas federais, e a empresa está discutindo o tema judicialmente.
As principais dificuldades apontadas incluem os desafios logísticos de enterrar a fiação no centro de Fortaleza, com impactos para pedestres e veículos, e o custo envolvido. Apesar disso, Rozzoline destaca o alto impacto positivo da medida. Ele ressalta a importância do controle da qualidade dos fios, especialmente em relação à eletricidade, e a necessidade de fases na execução do projeto para minimizar os transtornos.
A Prefeitura de Fortaleza destaca que o trâmite legal para novos processos inclui a fase de licenciamento, que deve ser solicitada por meio do canal do Urbanismo e Meio Ambiente.
Com informações do O Estado/CE
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