Gésio Passos - Agência Brasil |
Maceió, 9 de dezembro de 2023 - A mais recente atualização da Defesa Civil de Maceió, divulgada hoje (9) pela manhã, revelou que o afundamento da mina nº 18, operada pela mineradora Braskem, atingiu a marca de 2,16 metros, com uma velocidade de 0,35 centímetros por hora. Nas últimas 24 horas, o solo cedeu 8,6 centímetros na região, indicando um aumento na velocidade do afundamento em relação ao boletim anterior.
O órgão de defesa mantém o nível de alerta para o risco de colapso da mina, localizada na região do antigo campo do CSA, no bairro Mutange, região oeste da capital alagoana. A recomendação da Defesa Civil é clara: por precaução, a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização do órgão. Medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir os riscos.
Uma nota conjunta divulgada pelas coordenações de Defesa Civil municipal, estadual e federal, na sexta-feira, e reproduzida pela Braskem, destaca que o risco de colapso do solo está restrito a uma área com diâmetro aproximado de 78 metros, correspondente a três vezes o raio da cavidade 18. O trecho em que o colapso poderia ocorrer equivale ao tamanho de uma piscina olímpica e meia.
"A Braskem continua mobilizada e informa que a área de serviço na região está isolada. A desocupação completa dessa área - chamada 'área de resguardo' - foi concluída em abril de 2020. O monitoramento sísmico prossegue, com todos os dados compartilhados com as autoridades em tempo real", afirmou a empresa.
O desastre em Maceió, causado pela exploração de sal-gema, resultou na evacuação de três bairros da capital em 2020, devido a tremores de terra causados por falhas graves no processo de mineração que geraram instabilidade no solo. O risco iminente de colapso do solo tem mobilizado as autoridades nas últimas semanas. O caso continua sendo monitorado de perto.
Com Agência Brasil
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